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"Joseph Nicephore Niepce foi, em 1793, uma das primeiras pessoas a conseguir “imprimir” a luz em uma superfície sem usar qualquer tipo de tinta, porém as imagens desapareciam depois de um tempo. Ele usava uma câmara obscura, parecida com o que conhecemos hoje por pinhole, e um tipo especial de papel com cloreto de prata.
Fotografia mais antiga a ser preservada, capturada em 1826Em 1824 ele conseguiu encontrar um método que permitia mais duração das imagens e em 1826 foi registrada a primeira fotografia de duração indefinida (imagem acima), que existe até hoje. Como é possível perceber, no entanto, a qualidade ainda era baixíssima; além disso, o processo todo de captura levava horas.
Em 1834, Henry Fox Talbot criou uma versão bem primitiva do que posteriormente seria o negativo fotográfico, que ajudaria a tornar mais popular a fotografia. Mas foi apenas em 1849 que Louis Daguerre trouxe a arte, que era até então totalmente experimental e complexa, a um novo patamar.
O daguerreótipo e a popularização da fotografia
Até então, cada inventor fazia as suas experiências baseados em pouco estudo coletivo e as suas próprias impressões, porém Daguerre queria levar a fotografia para mais pessoas e começou a estudar os métodos de Niepce para criar uma forma de criar um mecanismo que até os leigos pudessem utilizar em casa para capturar momentos especiais.
Para fazer isso, ele recebeu apoio do governo francês e disponibilizou todo o seu trabalho de forma pública para pesquisa. Desta parceria surgiu o daguerreótipo, uma espécie de máquina fotográfica bem primitiva (imagem acima). Este foi o primeiro método de captura de imagens comercializado em escala e, portanto, marca o início da era da fotografia no mundo.
Obviamente, na época, essa invenção ficou limitada a um público bem rico e entusiasta; ao contrário do que acontece hoje, ninguém poderia prever que a fotografia seria uma tecnologia com futuro promissor. Naquele tempo, era muito mais fácil e barato pagar alguém para pintar um quadro do que comprar um daguerreotipo e capturar a mesma cena.
Os daguerreótipos fixavam a imagem capturada em uma placa rígida e espelhada, que precisava ser guardada com cuidado, já que era extremamente frágil. Uma das mais famosas imagens capturadas por este método é a de Edgar Allan Poe (acima), que segue preservada até hoje. A riqueza de detalhes e a aparência tridimensional são duas das principais características desta técnica.
A evolução da fotografia comercial
Depois de Louis Daguerre, muitos outros pesquisadores e inventores acabaram usando os seus métodos para tentar aperfeiçoar ainda mais os métodos de captura de imagens. Não é possível citar todos que participaram dessa época de descobertas, mas alguns grandes pioneiros da fotografia são:
Depois da criação de Maddox, a comercialização de negativos e a revelação de fotografias acabaram tornando-se bem mais acessíveis, o que foi vital para o crescimento do mercado e a expansão dessa forma de arte pelo mundo. Um dos próximos nomes a ganharem destaque com isso foi o de George Eastman, um empresário, mais conhecido por ser o fundador da Kodak.
- Frederick Scott Archer — melhorou a resolução das imagens usando emulsão de colódio úmida e barateou o custo de produção de cada fotografia;
- Félix Nadar — Primeiro fotógrafo a capturar imagens aéreas e um dos primeiros donos de estúdio de retratos;
- Adolphe Disderi — criou um método de captura e impressão (Carte-de-visite) que barateava os custos de impressão e foi um dos responsáveis pelo sucesso mundial da fotografia de retrato;
- James Clerk-Maxwell — apresentou, em 1861, o primeiro método de fotografia colorida. Obtida através do uso de três negativos, essa técnica serviu de inspiração para outros pesquisadores;
- Mathew Brady — juntou uma equipe para, pela primeira vez, fotografar cenas de guerra. Aproximadamente 7000 negativos da Guerra Civil foram feitos entre 1861 e 1865;
- Ducos du Hauron — pesquisador francês e pioneiro nas técnicas de fotografia colorida. Publicou um dos primeiros livros sobre o assunto;
- Richard Leach Maddox — inventou o método de fixação das imagens usando uma suspensão gelatinosa, que substituiria a emulsão de colódio úmida, criando as primeiras chapas secas, que tornaram o processo de revelação mais simples.